· Nova medicação testada em 8 sagüís reduz efeitos colaterais do medicamento Levodopa que trata pacientes com Parkinson
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Cientistas descobrem molécula que pode ajudar no
tratamento de Parkinson
A Universidade King's College London realizou um
estudo preliminar em parceria com a empresa americana Neurolixis buscando novas
luzes para o tratamento de portadores da Doença de Parkinson.
O estudo analisa os efeitos de uma nova substância
inicialmente chamada de NLX-112, para tratamento de quem sofre com movimentos
musculares anormais ou involuntários (discinesia)
que afetam diversas partes do corpo e tornam quase impossível levar uma vida
normal.
O problema é um efeito colateral comum em pacientes
de Parkinson que tomam, por longo tempo, medicamentos derivados da levodopa. Em
alguns anos é provável que metade deles terá discinesia, com apenas cinco anos usando
esse medicamento.
Num outro quadro, a projeção é de que, a discinesia
afetará cerca de 80% dos pacientes depois de 10 anos de uso da medicação. O
principal remédio para controlar o quadro é chamado de amantadine, mas este
possui diversos efeitos colaterais e nem sempre funciona.
Embora seja hoje o principal medicamento no
tratamento para Parkinson, a levodopa acaba levando alguns neurônios
serotoninérgicos a liberarem dopamina de forma errática no organismo,
provocando a discinesia. Reduzir a atividade desses neurônios, portanto,
reduziria também o problema.
Os resultados do estudo foram publicados no
periódico Neuropharmacology.
Metodologia do estudo da King’s College
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Em um grupo de oito saguis, os cientistas
testaram a NLX-112. Esses sagüis (Callithrix jacchus) com sintomas de
Parkinson já haviam desenvolvido os tremores após serem tratados com Levodopa,
seguindo o mesmo procedimento que ocorre às pessoas. Analisaram então tanto os
efeitos do medicamento sozinho como a interação com o levodopa.
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O resultado mostrou que a NLX-112
reduziu significativamente os sintomas da discinesia sem interferir na eficácia
do levodopa.
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Quando administrada sozinha (sem o
levodopa), a medicação mostrou-se eficaz para melhorar os problemas de
movimento dos indivíduos.
Saiba por que isso é
tão importante
Uma das características mais conhecidas do
Parkinson (mas não a única e nem sempre presente) são os tremores involuntários
nos membros superiores provocados pela diminuição da dopamina (um
neurotransmissor) na área responsável pelo controle voluntário de movimentos do
nosso corpo.
A principal linha de tratamento, então, é repor
essa dopamina. Esse é o papel de medicamentos como o levodopa; no entanto, seu
uso contínuo pode provocar uma discinesia "medicamentosa", reduzindo
a qualidade de vida do paciente — que continua apresentando dificuldades
motoras.
Assim,
a NLX-112 surge como uma substância que não apenas reduz a discinesia (um
problema que pode aparecer sem ligação com Parkinson) como também melhora os
sintomas motores de quem sofre com essa doença degenerativa.