Ingrediente usado desde os anos 1970 está sendo investigado e apresenta potencial de parar progressão da doença neurológica
Um estudo preliminar feito pela Universidade de Londres, na Inglaterra, pode ter encontrado uma nova função para o tradicional xarope para tosse: parar o avanço da doença de Parkinson.
O ambroxol, um princípio ativo usado desde os anos 1970 para aliviar a tosse, parece ser capaz de diminuir a quantidade de proteínas responsáveis pela degeneração dos neurônios e aumentar a produção de outras proteínas que “limpam” o cérebro garantindo que o órgão permaneça saudável. A pesquisa acompanhou 17 pacientes durante seis meses consumindo uma dose diária da substância e teve bons resultados: segundo os autores, o ambroxol é bem tolerado em pacientes com Parkinson e, aparentemente, possui efeitos neuroprotetores.
É necessário ampliar os estudos com mais pacientes e com a utilização de placebos para verificar se os benefícios realmente se sustentam. Porém, animado com a descoberta, o Fundo Para a Cura do Parkinson decidiu investir em uma segunda fase da pesquisa, com um número bem maior de participantes.
“O estudo é importante porque não temos nenhum tratamento disponível para Parkinson que consiga pausar, diminuir ou reverter o avanço da doença”, explica Simon Scott, diretor do Fundo, em entrevista ao site Science Alert. Um dos efeitos secundários observados foi a diminuição das tremedeiras típicas do Parkinson.
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