A sociedade está alarmada e, com razão, com o recém denunciado processo de adultização de crianças via internet. Os crimes acontecem na hora em que conteúdos, comportamentos, costumes ou influenciadores agem de forma deliberada para forçar a inicialização prematura de crianças, em práticas envenenadas e deturpadas de sexualidade, para as quais crianças e adolescentes ainda não possuem estrutura.
A Bíblia registra no capítulo 3 do Eclesiastes que existe um
tempo determinado por Deus para cada ciclo da vida. Outra referência de que
gosto muito está Cântico dos Cânticos 2:7 -- Prometam, ó mulheres de
Jerusalém, [...] que não despertarão o amor antes
do tempo.
Nosso arqui-inimigo está usando estruturas institucionais, e sistemas de governança para
que nossas crianças e adolescentes sejam expostos – cedo demais – a assuntos, vestuário, práticas,
modos de falar e agir que não condizem com sua fase de desenvolvimento.
O que
eu posso fazer como cristão?
1. Proteger e orientar os
pequenos com base no amor – Estabelecer limites claros no uso da
internet, aplicativos e redes sociais.
- Utilizar
filtros de conteúdo acionando as configurações de cada aparelho ou
tela destinada ao controle parental. -- Ensinar as crianças a identificarem
o que não é adequado, mostrando que nem tudo que “está na moda” é
bom e construtivo.
2. Educar e incutir o caráter usando a Palavra – Use princípios bíblicos para o diálogo: a pureza, a compostura, a dignidade e o valor do corpo como templo do Espírito Santo (1ªCoríntios 6:19-20).
Mostre que cada fase da vida é preciosa e tem seu tempo determinado pelo Eterno
Criador. Nenhum fruto colhido antes de estar maduro será bem aproveitado. Eclesiastes 3.
3. Dê o exemplo dentro de
casa -- Evite assistir e valorizar conteúdos que facilitem a adultização
precoce. Mostre na prática que a beleza verdadeira vem do caráter e não só da
aparência. Não somos clones e não vamos alimentar a bandalheira e o comportamento antissocial. (1ªPedro 3:3-4).
4. Diálogo aberto com base
no amor, na compreensão e na amizade -- Converse de forma clara sobre os graves riscos: da exploração,
perda da inocência, comparações tóxicas e todo tipo de lixo moral. Procure
perceber, escutar, acompanhar, comentar amigavelmente o que a criança ou
adolescente está vendo e sentindo na internet. Isso gera confiança e evita que
procure respostas em outros lugares.
5. Assumir atitude proativa na
sociedade com engajamento -- Apoie e compartilhe conteúdos saudáveis que
valorizem a infância e adolescência. - Denuncie conteúdos e perfis que promovem
exploração ou sexualização de crianças. - Se possível, engaje-se em projetos
da igreja ou comunidade que ajudem famílias a lidar com esse desafio.
6. Vigiar, instruir e amar. Nosso chamado como cristãos é proteger os mais frágeis (Mateus 18:6) e ajudar as crianças a crescerem no tempo certo, com pureza e identidade firmada em Cristo.